Que os europeus chegam ao Mundial de Clubes como favoritos, ninguém discute. Os gigantes do Velho Continente são mais ricos e poderosos, portanto têm vantagem econômica e técnica sobre os brasileiros. Mas há um fator que pode pender a balança mais para o lado sul-americano. 293m1q Em entrevista exclusiva à ESPN, o agora ex-lateral Rafael, que atuou por muitos anos no Manchester United, enxerga o calendário como um ponto favorável para Palmeiras, Flamengo, Fluminense e Botafogo, os representantes do Brasil no torneio que começa neste sábado (14), nos Estados Unidos. Pelo formato antigo do Mundial, os brasileiros sempre chegavam à disputa, em dezembro, após disputar a temporada inteira, enquanto os europeus estavam na metade dos campeonatos. Agora, a situação é inversa. “E uma coisa que eu quero ver, porque sempre que os brasileiros jogaram o Mundial foi no final da temporada. Agora, vai ser no final da temporada dos europeus. E eu estou muito curioso para ver isso. E eu vou falar: talvez eu e vergonha, mas é diferente. Acho que os europeus vão sofrer muito mais do que os brasileiros”, avaliou o ex-jogador. Embora tenha atuado pouco, Rafael fez parte do elenco botafoguense que conquistou a CONMEBOL Libertadores em 2024 e teve a chance de disputar a Copa Intercontinental no ano ado. O sentimento, porém, foi de frustração, após a derrota logo no primeiro jogo, por 3 a 0, para o Pachuca. “Vou defender os jogadores. Foi um ano muito puxado para todos. Mas para os jogadores foi muito puxado. Às vezes, as pessoas não veem uma coisa que eu sempre falo: o mental cansa, de qualquer pessoa, não só jogador de futebol. E o estresse que eu falo nem é de perder, porque o Botafogo estava ganhando”, disse. “Calendário, um jogo atrás do outro. Era Palmeiras, final, Inter… com todo respeito, podem falar o que for, mas eu defendo os jogadores. Eles foram para lá, nem jogaram todos os titulares, muita gente critica. Mas não dá para falar se foi errado ou certo, foi outro processo do que vai ser esse Mundial (no meio do ano)”, completou. O Botafogo caiu no grupo B, considerado o mais difícil da competição por estar ao lado de PSG e Atlético de Madrid. Rafael, porém, não esconde a esperança na classificação do seu ex-clube. “Não tem como eu palpitar contra o Botafogo, quem está vendo sabe como eu sou. Contra o Sounders é vitória, depois acho que é PSG, Atlético, empate com os dois e classifica. Otimismo”, finalizou.
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